Mateus Capítulo 27
O suicídio de Judas
At 1.16-19
16 Varões irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;
17 porque foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério.
18 Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniqüidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.
19 E foi notório a todos os que habitam em Jerusalém, de maneira que na sua própria língua esse campo se chama Aceldama, isto é, Campo de Sangue.
1 E, chegando a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo formavam juntamente conselho contra Jesus, para o matarem.
2 E, manietando-o, o levaram e o entregaram ao governador Pôncio Pilatos.
3 Então, Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
4 dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
5 E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.
6 E os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: Não é lícito metê-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue.
7 E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros.
8 Por isso, foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de Sangue.
9 Então, se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, que certos filhos de Israel avaliaram.
10 E deram-nas pelo campo do oleiro, segundo o que o Senhor determinou.
Jesus perante Pilatos
Mc 15.1-20
1 E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio tiveram conselho; e, amarrando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
2 E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
3 E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas, porém ele nada respondia.
4 E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti.
5 Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
6 Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.
7 E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.
8 E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito.
9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos judeus?
10 Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado.
11 Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.
12 E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos judeus?
13 E eles tornaram a clamar: Crucifica-o.
14 Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o.
15 Então, Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás, e, açoitado Jesus, o entregou para que fosse crucificado.
16 E os soldados o levaram para dentro do palácio, à sala da audiência, e convocaram toda a coorte.
17 E vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.
18 E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos judeus!
19 E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoravam.
20 E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.
Lc 23.1-25
1 E, levantando-se toda a multidão deles, o levaram a Pilatos.
2 E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei.
3 E Pilatos perguntou-lhe, dizendo: Tu és o Rei dos judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
4 E disse Pilatos aos principais dos sacerdotes e à multidão: Não acho culpa alguma neste homem.
5 Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui.
6 Então, Pilatos, ouvindo falar da Galiléia, perguntou se aquele homem era galileu.
7 E, sabendo que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também, naqueles dias, estava em Jerusalém.
8 E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito, porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal.
9 E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia.
10 E estavam os principais dos sacerdotes e os escribas acusando-o com grande veemência.
11 E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o, e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente, e tornou a enviá-lo a Pilatos.
12 E, no mesmo dia, Pilatos e Herodes, entre si, se fizeram amigos; pois, dantes, andavam em inimizade um com o outro.
13 E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo, disse-lhes:
14 Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem.
15 Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.
16 Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei.
17 E era-lhe necessário soltar-lhes um detento por ocasião da festa.
18 Mas toda a multidão clamou à uma, dizendo: Fora daqui com este e solta-nos Barrabás.
19 Barrabás fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade e de um homicídio.
20 Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus.
21 Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o!
22 Então, ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei.
23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos e os dos principais dos sacerdotes redobravam.
24 Então, Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.
25 E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.
Jo 18.28-40
28 Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.
29 Então, Pilatos saiu e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?
30 Responderam e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
31 Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe, então, os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.
32 (Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer.)
33 Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o rei dos judeus?
34 Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo ou disseram-to outros de mim?
35 Pilatos respondeu: Porventura, sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
36 Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.
37 Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38 Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isso, voltou até os judeus e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
39 Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
40 Então, todos voltaram a gritar, dizendo: Este não, mas Barrabás! E Barrabás era um salteador.
Jo 19.1-16
1 Pilatos, pois, tomou, então, a Jesus e o açoitou.
2 E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a cabeça e lhe vestiram uma veste de púrpura.
3 E diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
4 Então, Pilatos saiu outra vez fora e disse-lhes: Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum.
5 Saiu, pois, Jesus, levando a coroa de espinhos e a veste de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem.
6 Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, gritaram, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o, porque eu nenhum crime acho nele.
7 Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
8 E Pilatos, quando ouviu essa palavra, mais atemorizado ficou.
9 E entrou outra vez na audiência e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.
10 Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?
11 Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
12 Desde então, Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus gritavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo do César! Qualquer que se faz rei é contra o César!
13 Ouvindo, pois, Pilatos esse dito, levou Jesus para fora e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico o nome é Gabatá.
14 E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
15 Mas eles bradaram: Tira! Tira! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão o César.
16 Então, entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus e o levaram.
11 E foi Jesus apresentado ao governador, e o governador o interrogou, dizendo: És tu o Rei dos judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes.
12 E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
13 Disse-lhe, então, Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti?
14 E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o governador estava muito maravilhado.
15 Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse.
16 E tinham, então, um preso bem conhecido, chamado Barrabás.
17 Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?
18 Porque sabia que por inveja o haviam entregado.
19 E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele.
20 Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus.
21 E, respondendo o governador, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás.
22 Disse-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado!
23 O governador, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado!
24 Então, Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; considerai isso.
25 E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.
26 Então, soltou-lhes Barrabás e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.
27 E logo os soldados do governador, conduzindo Jesus à audiência, reuniram junto dele toda a coorte.
28 E, despindo-o, o cobriram com uma capa escarlate.
29 E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, em sua mão direita, uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus!
30 E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana e batiam-lhe com ela na cabeça.
31 E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado.
A crucificação
Mc 15.21-41
21 E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
22 E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira.
23 E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
24 E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre eles sortes, para saber o que cada um levaria.
25 E era a hora terceira, e o crucificaram.
26 E, por cima dele, estava escrita a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
27 E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.
28 E cumpriu-se a Escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.
29 E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que derribas o templo e, em três dias, o edificas!
30 Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.
31 E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo.
32 O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
33 E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.
34 E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lemá sabactâni? Isso, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
35 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Eis que chama por Elias.
36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.
37 E Jesus, dando um grande brado, expirou.
38 E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.
39 E o centurião que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
40 E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé,
41 as quais também o seguiam e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém.
Lc 23.26-49
26 E, quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.
27 E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos e o lamentavam.
28 Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos.
29 Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!
30 Então, começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos!
31 Porque, se ao madeiro verde fazem isso, que se fará ao seco?
32 E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.
33 E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda.
34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
35 E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
36 E também os soldados escarneciam dele, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre,
37 e dizendo: Se tu és o Rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.
38 E também, por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós.
40 Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
41 E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino.
43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
44 E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona,
45 escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo.
46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.
47 E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.
48 E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.
49 E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia estavam de longe vendo essas coisas.
Jo 19.17-37
17 E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,
18 onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
19 E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.
20 E muitos dos judeus leram este título, porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim.
21 Diziam, pois, os principais sacerdotes dos judeus a Pilatos: Não escrevas, Rei dos judeus, mas que ele disse: Sou Rei dos judeus.
22 Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi.
23 Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte, e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Isso foi assim para que se cumprisse a Escritura, que diz: Dividiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram essas coisas.
25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.
26 Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
29 Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
31 Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.
32 Foram, pois, os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado.
33 Mas, vindo a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas.
34 Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
35 E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro, e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.
36 Porque isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.
37 E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram.
32 E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.
33 E, chegando ao lugar chamado Gólgota, que significa Lugar da Caveira,
34 deram-lhe a beber vinho misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber.
35 E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançaram sortes.
36 E, assentados, o guardavam ali.
37 E, por cima da sua cabeça, puseram escrita a sua acusação: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
38 E foram crucificados com ele dois salteadores, um, à direita, e outro, à esquerda.
39 E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça
40 e dizendo: Tu, que destróis o templo e, em três dias, o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és o Filho de Deus, desce da cruz.
41 E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam:
42 Salvou os outros e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça, agora, da cruz, e creremos nele;
43 confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.
44 E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados.
45 E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
46 E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Este chama por Elias.
48 E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
49 Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.
51 E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.
52 E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
53 E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na Cidade Santa e apareceram a muitos.
54 E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus.
55 E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para o servir,
56 entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
A sepultura de Jesus
Mc 15.42-47
42 E, chegada a tarde, porquanto era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado,
43 chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o Reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
44 E Pilatos se admirou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido.
45 E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José,
46 o qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha, e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro.
47 E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.
Lc 23.49-56
49 E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia estavam de longe vendo essas coisas.
50 E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo
51 (que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus, e que também esperava o Reino de Deus,
52 este, chegando a Pilatos, pediu o corpo de Jesus.
53 E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto.
54 E era o Dia da Preparação, e amanhecia o sábado.
55 E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia seguiram também e viram o sepulcro e como foi posto o seu corpo.
56 E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos e, no sábado, repousaram, conforme o mandamento.
Jo 19.38-42
38 Depois disso, José de Arimatéia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus.
39 E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés.
40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer na preparação para o sepulcro.
41 E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado e, no horto, um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto.
42 Ali, pois (por causa da preparação dos judeus e por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus.
57 E, vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus.
58 Este foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado.
59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol,
60 e o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rolando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se.
61 E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro.
62 E, no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos,
63 dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias, ressuscitarei.
64 Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia; não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro.
65 E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes.
66 E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra.