Mateus Capítulo 26
A consulta dos sacerdotes e dos escribas
Mc 14.1-2
1 E, dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo e o matariam.
2 Mas eles diziam: Não na festa, para que, porventura, se não faça alvoroço entre o povo.
Lc 22.1-2
1 Estava, pois, perto a Festa dos Pães Asmos, chamada de Páscoa.
2 E os principais dos sacerdotes e os escribas andavam procurando como o matariam, porque temiam o povo.
1 E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos esses discursos, disse aos seus discípulos:
2 Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.
3 Depois, os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás,
4 e consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem.
5 Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo.
O jantar em Betânia
Mc 14.3-9
3 E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
4 E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento?
5 Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.
6 Jesus, porém, disse: Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-me boa obra.
7 Porque sempre tendes os pobres convosco e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
8 Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
9 Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
Jo 12.1-8
1 Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos.
2 Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
3 Então, Maria, tomando uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento.
4 Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
5 Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres?
6 Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
7 Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto.
8 Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
6 E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
7 aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.
8 E os seus discípulos, vendo isso, indignaram-se, dizendo: Por que este desperdício?
9 Pois este ungüento podia vender-se por grande preço e dar-se o dinheiro aos pobres.
10 Jesus, porém, conhecendo isso, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? Pois praticou uma boa ação para comigo.
11 Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.
12 Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.
13 Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez paramemória sua.
O preço da traição
Mc 14.10-11
10 E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar.
11 E eles, ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.
Lc 22.3-6
3 Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.
4 E foi e falou com os principais dos sacerdotes e com os capitães de como lho entregaria,
5 os quais se alegraram e convieram em lhe dar dinheiro.
6 E ele concordou e buscava oportunidade para lho entregar sem alvoroço.
14 Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes
15 e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata.
16 E, desde então, buscava oportunidade para o entregar.
A última Páscoa e a Santa Ceia
Mc 14.12-26
12 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando sacrificavam a Páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a Páscoa?
13 E enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem que leva um cântaro de água vos encontrará; segui-o.
14 E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
15 E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali.
16 E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa.
17 E, chegada a tarde, foi com os doze.
18 E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
19 E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Porventura, sou eu, Senhor? E outro: Porventura, sou eu, Senhor?
20 Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que mete comigo a mão no prato.
21 Na verdade o Filho do Homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.
22 E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
23 E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.
24 E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.
25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele Dia em que o beber novo, no Reino de Deus.
26 E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Lc 22.7-23
7 Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a Páscoa.
8 E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos.
9 E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?
10 E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar.
11 E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
12 Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei os preparativos.
13 E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa.
14 E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos.
15 E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça,
16 porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus.
17 E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós,
18 porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus.
19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
20 Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
21 Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa.
22 E, na verdade, o Filho do Homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!
23 E começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isso.
1Co 11.23-29
23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
27 Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.
28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice.
29 Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
17 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que preparemos a comida da Páscoa?
18 E ele disse: Ide à cidade a um certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.
19 E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
20 E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.
21 E, enquanto eles comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair.
22 E eles, entristecendo-se muito, começaram um por um a dizer-lhe: Porventura, sou eu, Senhor?
23 E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.
24 Em verdade o Filho do Homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.
25 E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura, sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.
26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27 E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.
28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
29 E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.
30 E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Pedro é avisado
Mc 14.27-31
27 E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque escrito está: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
28 Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia.
29 E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
30 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
31 Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
Lc 22.31-34
31 Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo.
32 Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
33 E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.
34 Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.
Jo 13.36-38
36 Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes, agora, seguir-me, mas, depois, me seguirás.
37 Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida.
38 Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes.
31 Então, Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
32 Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia.
33 Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.
34 Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.
35 Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
Jesus no Getsêmani
Mc 14.32-42
32 E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
33 E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João e começou a ter pavor e a angustiar-se.
34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai.
35 E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
36 E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.
37 E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora?
38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
39 E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
40 E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam carregados, e não sabiam o que responder-lhe.
41 E voltou terceira vez e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
42 Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.
Lc 22.39-46
39 E, saindo, foi, como costumava, para o monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.
40 E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.
41 E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava,
42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua.
43 E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
44 E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão.
45 E, levantando-se da oração, foi ter com os seus discípulos e achou-os dormindo de tristeza.
46 E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai para que não entreis em tentação.
Jo 18.1
1 Tendo Jesus dito isso, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou com os seus discípulos.
36 Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38 Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39 E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40 E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo?
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
42 E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
43 E, voltando, achou-os outra vez adormecidos, porque os seus olhos estavam carregados.
44 E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45 Então, chegou junto dos seus discípulos e disse-lhes: Dormi, agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores.
46 Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai.
Jesus é preso
Mc 14.43-50
43 E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos, e, com ele, uma grande multidão com espadas e porretes.
44 Ora, o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o e levai-o com segurança.
45 E, logo que chegou, aproximou-se dele e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o.
46 E lançaram-lhe as mãos e o prenderam.
47 E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha.
48 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e porretes a prender-me, como a um salteador?
49 Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
50 Então, deixando-o, todos fugiram.
Lc 22.47-53
47 E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela e chegou-se a Jesus para o beijar.
48 E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?
49 E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada?
50 E um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita.
51 E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
52 E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos que tinham ido contra ele: Saístes com espadas e porretes, como para deter um salteador?
53 Tenho estado todos os dias convosco no templo e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.
Jo 18.2-11
2 E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos.
3 Tendo, pois, Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes, e armas.
4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava também com eles.
6 Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra.
7 Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus, o Nazareno.
8 Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois me buscais a mim, deixai ir estes,
9 para se cumprir a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi.
10 Então, Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?
47 E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele, grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos do povo.
48 E o traidor tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o.
49 E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi. E beijou-o.
50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus e o prenderam.
51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.
52 Então, Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.
53 Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?
54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?
55 Então, disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e porretes, para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.
56 Mas tudo isso aconteceu para que se cumpram as Escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
Jesus perante o Sinédrio
Mc 14.53-65
53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas.
54 E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote e estava assentado com os servidores, aquentando-se ao lume.
55 E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
56 Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram coerentes.
57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente contra ele, dizendo:
58 Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.
59 E nem assim o testemunho deles era coerente.
60 E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?
61 Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
63 E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?
64 Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.
65 E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
Lc 22.63-71
63 E os homens que detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o.
64 E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?
65 E outras muitas coisas diziam contra ele, blasfemando.
66 E logo que foi dia, ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes, e os escribas, e o conduziram ao seu concílio,
67 e lhe perguntaram: Se tu és o Cristo, dize-nos. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;
68 e também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis.
69 Desde agora, o Filho do Homem se assentará à direita do poder de Deus.
70 E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.
71 Então, disseram: De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.
Jo 18.12-14
12 Então, a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus, e o manietaram,
13 e conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.
14 Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
Jo 18.19-24
19 E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
20 Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.
21 Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.
22 E, tendo dito isso, um dos criados que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote?
23 Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, porque me feres?
24 Anás mandou-o, manietado, ao sumo sacerdote Caifás.
57 E os que prenderam Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.
58 E Pedro o seguiu de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.
59 Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte,
60 e não o achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas, mas, por fim, chegaram duas
61 e disseram: Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.
62 E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?
63 E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
64 Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
65 Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes, agora, a sua blasfêmia.
66 Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.
67 Então, cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam,
68 dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?
Pedro nega a Jesus
Mc 14.66-72
66 E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote;
67 e, vendo a Pedro, que estava se aquentando, olhou para ele e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
68 Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
69 E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
70 Mas ele o negou outra vez. E, pouco depois, os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente, tu és um deles, porque és também galileu.
71 E ele começou a imprecar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
72 E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás tu. E, retirando-se dali, chorou.
Lc 22.54-62
54 Então, prendendo-o, o levaram e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.
55 E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.
56 E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.
57 Porém ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.
59 E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu.
60 E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
61 E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
62 E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.
Jo 18.15-18
15 E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.
16 E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote e falou à porteira, levando Pedro para dentro.
17 Então, a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou.
18 Ora, estavam ali os servos e os criados, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.
Jo 18.25-27
25 E Simão Pedro estava ali e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou e disse: Não sou.
26 E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele?
27 E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.
69 Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
70 Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71 E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno.
72 E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem.
73 E, logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.
74 Então, começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
75 E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.