Mateus13

Mateus13


Mateus Capítulo 13

    A parábola do semeador

    Mc 4.1-20

1  E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar.

2  E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina:

3  Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.

4  E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram.

5  E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda.

6  Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se.

7  E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto.

8  E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.

9  E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

10  E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.

11  E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas,

12  para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.

13  E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?

14  O que semeia semeia a palavra;

15  e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles.

16  E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;

17  mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.

18  E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;

19  mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.

20  E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.


    Lc 8.4-15

4  E, ajuntando-se uma grande multidão, e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse por parábolas:

5  Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho e foi pisada, e as aves do céu a comeram.

6  E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade.

7  E outra caiu entre espinhos, e, crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;

8  E outra caiu em boa terra e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

9  E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta?

10  E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros, por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.

11  Esta é, pois, a parábola: a semente é a palavra de Deus;

12  e os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois, vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salvem, crendo;

13  e os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo e, no tempo da tentação, se desviam;

14  e a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;

15  e a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança.


1  Tendo Jesus saído de casa naquele dia, estava assentado junto ao mar.

2  E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.

3  E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.

4  E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves e comeram-na;

5  e outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda.

6  Mas, vindo o sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz.

7  E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.

8  E outra caiu em boa terra e deu fruto: um, a cem, outro, a sessenta, e outro, a trinta.

9  Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

10  E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?

11  Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;

12  porque àquele que tem se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.

13  Por isso, lhes falo por parábolas, porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem.

14  E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis.

15  Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos e fechou os olhos, para que não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e compreenda com o coração, e se converta, e eu o cure.

16  Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

17  Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.

18  Escutai vós, pois, a parábola do semeador.

19  Ouvindo alguém a palavra do Reino e não a entendendo, vem o maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho;

20  porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria;

21  mas não tem raiz em si mesmo; antes, é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende;

22  e o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;

23  mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta.

A parábola do trigo e do joio

24  Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;

25  mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se.

26  E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.

27  E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio?

28  E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?

29  Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.

30  Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

    As parábolas do grão
de mostarda e do fermento

    Mc 4.30-34

30  E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?

31  É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;

32  mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.

33  E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.

34  E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos.


    Lc 13.18-21

18  E dizia: A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei?

19  É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu.

20  E disse outra vez: A que compararei o Reino de Deus?

21  É semelhante ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou.


31  Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo;

32  o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos.

33  Outra parábola lhes disse: O Reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.

34  Tudo isso disse Jesus por parábolas à multidão e nada lhes falava sem parábolas,

35  para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.

Explicação da parábola do joio

36  Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.

37  E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem,

38  o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno.

39  O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.

40  Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.

41  Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade.

42  E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

43  Então, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

As parábolas do tesouro
escondido, da pérola e da rede

44  Também o Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo.

45  Outrossim, o Reino dos céus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas;

46  e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a.

47  Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes.

48  E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.

49  Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos.

50  E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

51  E disse-lhes Jesus: Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor.

52  E ele disse-lhes: Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.

53  E aconteceu que Jesus, concluindo essas parábolas, se retirou dali.

54  E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam e diziam: Donde veio a este a sabedoria e estas maravilhas?

55  Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?

56  E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe veio, pois, tudo isso?

57  E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.

58  E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.